O rubi, uma das pedras preciosas mais clássicas da joalheria, é a pedra do mês de julho, regente dos signos de áries, leão, escorpião e capricórnio e representante das bodas de 40 anos. Ele está relacionado ao dom da palavra, sendo também gema dos advogados e jornalistas. Com dureza 9 na Escala de Mohs, é formado a partir do oxigênio (O) e do alumínio (Al), sendo reconhecido como membro da espécie mineral coríndon somente em 1800. Até esse ano, juntamente com o espinélio vermelho e a granada, era comumente chamado de carbúnculo. A origem do seu nome está relacionada à sua cor: rubeus, do latim, que significa rubro. Sua coloração provém do cromo, que se liga ao óxido de alumínio durante a sua formação, podendo variar do vermelho alaranjado ao vermelho arroxeado e vermelho amarronzado, de acordo com a jazida.

A cor vai do vermelho pálido (rosado) ao vermelho profundo, onde a nuance mais valorizada é chamada de “sangue de pombo”, vermelho profundo com alguns tons arroxeados. O coríndon de coloração vermelha é o rubi, e o azul é a safira. Sua cor vermelha é causada principalmente pela presença do cromo e do ferro em sua composição. Também no que diz respeito à sua valorização, o rubi é classificado quanto ao tamanho (rubis grandes são muito raros), transparência (de transparente a opaco), raridade, durabilidade, lapidação e beleza. Todos os rubis naturais contêm imperfeições. Quanto menor o número de imperfeições (inclusões), mais cara é a gema e muitas vezes seus preços alcançam somas elevadíssimas. O tipo de inclusão (minerais, canais ou outras cavidades), não significa diminuição da qualidade, ao contrário; são provas da legitimidade dos rubis naturais. Como por exemplo, as agulhas de rutilo inclusas dão um aspecto sedoso e um efeito de olho-de-gato na lapidação cabochão ou o tão apreciado asterismo (fenômeno óptico produzido pela reflexão da luz, concentrando-se na forma de estrelas) – como uma estrela de seis pontas – que se desloca sobre a superfície da pedra quando ela é movida. O rubi reage com produtos químicos: o polimento, se fervido em algumas soluções, pode ser perdido.

A exploração desse mineral é feita, preferencialmente, em depósitos aluviais. O leito rico em rubis encontra-se vários metros abaixo da superfície e é explorado por meio de poços (chegam até 8 metros de profundidade) e galerias. As maiores jazidas estão em Mianmar (ex-Birmânia), Sri Lanka (antigo Ceilão), Tailândia e em algumas minas nos Estados Unidos. No Brasil é raro, mas já foi encontrado no estado da Bahia e em Santa Catarina. Em Mianmar, o rubi é usado sob a pele, para proteção. Quando o rubi não possui qualidade suficiente para ser usado nas confecções de joias, é empregado em relógios e em outros aparelhos de precisão bem como na produção de raios laser. Os rubis sintéticos são usados em joalheria e também, principalmente, para fins industriais.

Rubis: As Pedras do Coração

Talvez, por causa de sua cor vermelha brilhante, os rubis são normalmente usados para simbolizar o amor. Além da sua conexão com os sentimentos apaixonados, sabe-se que esta requintada pedra do signo renova as energias e restaura o entusiasmo pela vida. No entanto, a conexão do rubi com o fundo do coração vai muito além do romance! Em se tratando de cristais de cura, os rubis são associados ao coração e ao sistema circulatório do corpo. Dizem que ele equilibra e desintoxica o corpo, promovendo a saúde, além de trazer uma sensação de clareza energética para quem o usa. Emocionalmente, os rubis estão associados a qualidades positivas de afirmação da vida, tais como a coragem e a motivação. Eles também estão ligados à definição de metas, ao sucesso, à boa sorte e à riqueza. Não é de admirar que um dos apelidos do rubi é o "Rei das Pedras Preciosas!"

Lendas e Mitos do Rubi

Perfeitos e grandes, os rubis são raros – na verdade são tão raros que eles já foram uma propriedade quase que exclusiva da realeza. Os ricos acreditavam que os rubis finos atrairiam ainda mais pedras preciosas, proporcionando uma incrível quantidade de proteção. Não só o portador acreditava estar protegido de danos materiais, mas que sua propriedade pessoal também estaria protegida. Essa influência protetora era tão forte que autor inglês Sir John Mandeville escreveu: “Uma vez que um homem tocava os quatro cantos de suas terras com um rubi, então sua casa, sua vinha e seu pomar também estariam protegidos de relâmpagos, tempestades e de uma colheita pobre. ” Em outra associação com o coração, acreditava-se que os rubis usados do lado esquerdo do corpo traziam sentimentos de paz, mesmo durante as tempestades que ameaçavam o lar e a lareira. Além de oferecer a capacidade de fornecer uma proteção física, acreditava-se que os rubis forneciam aos seus portadores a clarividência e que até mesmo mudavam de cor para alertar seus donos da desgraça iminente.